quinta-feira, 23 de julho de 2009

Doce vampiro


O meu high school já passou faz algum tempo, mas eu não resisti. Ganhei Crepúsculo, de Stephenie Meyer, no meu aniversário e tive a certeza de que estava ganhando um novo vício. Eu ignorei todo o boom de Twilight na mídia, mas confesso que séries infanto-juvenis costumam me agradar, ainda que eu já tenha passado dos 12 anos. Li, ou melhor, comi as 355 páginas em pouquíssimo tempo. A estória da menina que se apaixona por um vampiro é muito bem escrita, daquele jeito que não dá vontade de parar de ler. Não foi a toa que o livro virou best-seller e, lógico, foi adaptado pro cinema.

É aí que os problemas começam. Tenho uma certa resistência com livros que viram filmes. Tirando Harry Potter e O Senhor dos Anéis, não consigo lembrar de nenhuma adaptação que tenha passado do nível razoável. Mas comecei a assistir despida de preconceitos e disposta a ser conquistada, pela segunda vez, por aquela estória adolescente.

Normal o roteiro fugir um pouco de detalhes do livro. Tudo bem algumas coisas ganharem uma nova ordem pra deixar o filme um pouco mais dinâmico. Também sempre acontece de franzir a testa a cada vez que o que aparece na tela não tem nada a ver com aquilo que se imaginou. Mas o que eu vi no filme foi uma cagada! Impossível eu enumerar as vezes que eu, além de franzir a testa, torci o nariz, mas conseguiram mudar até a essência dos personagens. Bella mal consegue falar uma frase sem gaguejar; detalhes e cenas essenciais para a estória foram descartadas sem pena, sendo que algumas delas sofreram modificações tão bruscas que descaracterizaram o original.

O pior de ter perdido meu tempo vendo essa adaptação é que dificilmente eu vou conseguir reconquistar as imagens que eu criei na minha cabeça. Roteiristas e diretores que passam estórias de páginas para telas deveriam entender que aquilo que está no livro se torna uma verdade absoluta, simplesmente por ter vindo primeiro. E o cinema tem o poder de substituir o que você construiu durante a leitura, o que é uma covardia já que o livro ocupa dias da sua vida. Em duas horas, puf! Os personagens têm caras de Hollywood, os ambientes já não são mais os mesmos, e eu duvido que seja possível ler uma continuação sem pensar nisso.

Pois é, eu sou insistente... Enquanto estava escrevendo este post, chegou uma encomenda da Fnac. Guess what!? Lua Nova.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Em festa de rodeio ou Experiência Musical III


Já faz duas semanas, mas isso significa que o tempo voa e não que eu sou relapsa. A culpa é dele. Me despenquei pra Campinas, numa sexta bem cedo, com o objetivo de conhecer a Festa do Peão de Americana, a segunda maior do país. Eu sou carioca e assustei as pessoas de lá com a seguinte informação: eu nunca tinha chegado perto de um evento desse tipo. “Mas no Rio não tem rodeio!?” Parece uma pergunta óbvia mas eu acabei decepcionando muita gente. Deve existir lá pelo interior, mas eu duvido que seja nas proporções que eu vi.

E será que dá pra conceber a idéia de jovens cariocas curtindo aqueles bois pulando desesperadamente à espera de um show de sertanejo? Du-vi-do. Mas eu juro que a experiência foi válida. Pense em um lugar enorme, muito frio (pra carioca, multiplique por três) e um público jovem, cheio das cervejas na fuça que cantava todas as músicas do tal sertanejo universitário. Pronto, você chegou perto do clima de rodeio.

Victor e Leo está super em alta, mas eu não consegui curtir nem um pouco. Difícil achar que eles tocaram mais de uma música durante todo o show, já que elas pareciam ser iguais. Difícil achar que aquela letras melosas diziam coisas, além de dor de corno. Mas o que eu sei é que tinham 40 mil pessoas naquele lugar e que os caras estão ricos! Well, questão de gosto. Apesar de não ter agradado ao meu, não tem como negar que agrada a muita gente.

Sem mais análises, eu espero contar, no próximo post, sobre algo que eu conheça bem. Radial toca na semana que vem, no Elam, com outras bandas... voltarei ao meu habitat e viva o underground.