domingo, 7 de junho de 2009

Ressaca pop



Enfim um sábado calmo. Nas duas últimas semanas eu tive a oportunidade de estar nos shows das bandas mais badaladas entre crianças e adolescentes. Jonas Brothers tocou na Apoteose dia 23, enquanto o McFly fez seu show no Vivo Rio, dia 30. Por mais que os shows tenham suas qualidades eu preciso assumir que estou muito velha para isso. Eram gritos tão histéricos, meninas chorando tão desesperadamente que, nos dois casos, eu já estava entediada com meia hora de show. Mas vamos ser justos e fazer uma análise caso a caso.

Nunca pensei que um show do Jonas Brothers (JB daqui em diante) fosse ser uma coisa tão louca. Quem passou pela fase boybands entenderia o que eu estou falando. A minha primeira reação foi pensar que eu deveria ter ido ao show dos Backstreet Boys no Maracanã e ter vivido lá o meu momento fã dos meninos bonitinhos. Porém, deixei para ver uma coisa dessas aos 23 anos. Os meninos bonitinhos (bondade da minha parte) agora são três, todos irmãos: além de cantar, eles tocam instrumentos, fazem acrobacia ao invés de passinhos de dança e são da Disney Channel.

Que fique claro: eu adoro pop, mas tem um limite e ele acaba antes do JB.Tirando o fato de eu já ter passado do ponto para ouvir músicas nesse nível chiclete demais, não tem como desmerecer os meninos. Tocam bem, têm uma senhora banda (com direito a sopros e dois violinos) e são super afinados. Além disso, cumprem com as obrigações de uma banda-Disney, obedecendo às marcações de palco, usando anel de pureza (há!) e fazendo caras que correspondiam ao clima das músicas.

*Aqui vale um adendo dos brabos: Demy Lovatto, a menina Camp Rock que abriu o show, cho-rou cantando "Don't forget", assim como ela faz no clipe. Depois dessa eu duvidei da emoção dela ao ver o público carioca cantando tudo.*

O momento do show foi a última música, Burning Up. Não sei se porque era a última música ou se porque era a única que eu conhecia. Admito que dessa eu gosto bastante!

Já o McFly, envolvia um público um pouquiiinho mais velho. Pouca coisa. A histeria, os cartazes, a choradeira e afins eram iguais. Mas, aqui, a coisa era mais para banda de rock, com guitarras, baixo, bateria e dois vocalistas que seguram a onda muito bem. Também afinados e mais popers do que rockers, bastavam dizer "ai" para que todas fossem a loucura.

Do setlist eu conhecia muito pouco. Tenho dois discos do McFly, mas eles deixaram as coisas antigas de lado e prefiriram as baladas, que fizeram o favor de me entediar em um show de (só) uma hora e quinze. Quando animava, o show ficava bom porque os meninos são ótimos no que fazem. Mas a vontade de dançar ao som das músicas com um quê de anos 60 ,de influência e sangue inglês, passava rápido. A música seguinte era, outra vez, uma daquelas meladas.

O que eu gostei mesmo foi ver que eles não se intimidaram com todo aquele assédio e não pouparam os ouvidos de boas zoadas. Fizeram "shhhh" pedindo silêncio em uma hora de muita gritaria, um deles falou para a menina do topless (sim, meninas de 15 anos mostram os peitos!) que ela tinha "the most beautiful boobies that I've ever seen". O palco era todo do McFly e eles mostraram bem a que vieram.

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