domingo, 14 de junho de 2009

Viradão do clássico ao contemporâneo (ou experiência musical)


Na semana passada, o Rio fez a sua primeira virada cultural. Ainda que o evento tenha sido batizado de viradão, fazendo referência ao jeito leske carioca de ser, deu para fugir dos shows mais populares. Era de se desconfiar que eu fugiria das lonas culturais ou dos shows na praia, mas até o Marcelo Camelo, quem diria, foi dispensado.

Durante o almoço de sábado me dei conta que tinha lido, no dia anterior, sobre uma apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira na Candelária. Resolvi fingir que não tinha nada para fazer, ignorei todos os textos atrasados da faculdade e fui. Afinal de contas era música clássica em um dos lugares que eu mais gosto na cidade. Falou a erudita!

Por mais que eu não entenda nada de música clássica, percebi que aquilo também era música para os meus ouvidos. Impossível não ficar arrepiado! Entre um arrepio e outro eu tentava identificar o que cada movimento do maestro significava para a orquestra, aprendi a acompanhar o programa do concerto, que ganhei na entrada, e admirei pela milésima vez cada detalhe daquele altar. Isso tudo durou uma hora, quando eu resolvi dar um pulo no CCBB para ver a exposição do Yves Saint Laurent.

Fica a dica: se você pensa em ir, não o faça durante um sábado. Quando vi a fila de uma das salas, entrei na outra e me dei por satisfeita. Vai ver é porque eu também não entendo nada de moda... Achei uma exposição super simples. Perdoem a ignorância, mas não consegui ver a genialidade do francês. E graças a essa minha ignorância, dei atenção ao francês certo, arrematando o dia na renovada Casa França Brasil.

O (aí sim) gênio da intervenção urbana JR fez um trabalho lindo com as mulheres no Morro da Providência e o resultado está(va- terminou ontem) exposto em 28 milímetros. A obra do fotógrafo conseguiu ser surpreendente em vários sentidos. O contemporâneo não costuma me encher os olhos, mas há tempos não visita uma exposição tão visceral. Também não costumo ter paciência para vídeos, mas fiquei hipnotizada com o documentário projetado dentro da réplica de um barraco da Providência.

Depois desse banho cultural, voltei para casa de alma lavada.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. e qd a gnt tenta ver saint laurent e não tem tempo... comofas? uahauh

    fugi desse viradão loucamente.. grrr.. =)

    =*

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