quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Confissões de uma Bienal

A cada edição, a Bienal do Livro me traz os mesmos questionamentos:
  • será que vai valer a pena ir?
  • será que os preços vão ser legais?
  • será que eu vou conseguir andar aquilo tudo?
E as respostas são sempre as mesmas: não três vezes. Não adianta dar uma de rabugenta e repetir a célebre frase "da próxima vez eu não vou". Eu sei que vou e sei que será igualzinho como antes.

O primeiro problema é escolher ir durante a semana, com aquelas excursões escolar que não acabam, ou no final de semana, quando a bienal vira programão de família. Nenhuma das duas situações se encaixa no mundo ideal e se você (eu) quer ver livros em um lugar vazio, vá na Fnac numa terça pela manhã ou faça compras pela internet.

Convencida de que não era mesmo possível não esbarrar com crianças pelos corredores, eu aproveitei os três pavilhões gigantescos do Rio Centro e garimpei os stands. Só fugi das editoras religiosas! De resto, lá estava eu olhando com atenção, procurando plaquinhas de promoção, desconto ou qualquer coisa semelhante. O segundo problema é que quando eu achava uma dessas plaquinhas, percebia que era tudo mentira. Os livros custavam o mesmo (e as vezes mais) que nas livrarias.

Fiz o caminho inverso e entrei pelo pavilhão verde, o que tinha mais "coisas para crianças". Entendi assim porque era tanta criançca, mas tanta criança... Ah, legal criança na Bienal, incentivo à leitura, floresta de livros e stands pensados para elas. Se tinham livros baratinhos eram os infantis, além daquelas edições pobrinhas dos clássicos da literatura brasileira. Lucíola, A moreninha, Dom Casmurro... tudo por um precinho que cabe no seu bolso: R$3,00.

Chegando no pavilhão azul, onde estavam as grandes editoras, fugi de alguns tipo o da Saraiva, que pareciam formigueiros. E quando, finalmente, alcancei o pavilhão laranja, eu já estava sem a menor paciência para ver livros! A fome foi chamando a atenção e percebi que era melhor ter levado aquele lanchinho esperto na mochila. Terceiro problema: R$12,90 por duas fatias de pizza e 300ml de refrigerante no Mister Pizza!? Não, não...

Mas o maior problema é que eu sou tipo criança, que "ganha" presente e logo esquece dos perrengues. Saí de lá com três livros, e sem gastar muito. E eu juro que não se trata de best seller ou ficção chinfrim. Deve ser por isso que, daqui a dois anos, estarei lá outra vez.

2 comentários:

  1. que bom q gostou do meu post, se serve de consolo, literalmente, rs compre um massageador sem fio como sugere a foto hehe.

    ps: bienal é complicado, eu lembro que eu quiz ir na de sampa pq ia ter o Neil Gailman, o cara do Sandman entre outros e tal. impossível. soco nas bolas. (nossa como to fofinho hj)
    bju moleca!

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  2. Bienal é uma mistura de amor e ódio. A gente sofre e no final faria tudo de novo só pelo prazer de sair de lá com uns livros. Mas cá entre nós não tem sensação mais gostosa do que namorar um livro e levar ele pra casa depois? Apesar do barulho em volta...

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