quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ritmo para o corpo e música para os olhos

Não faz tanto tempo assim a minha admiração por produtos nacionais, se compararmos o tempo que a música me acompanha. Como já disse, certa vez por aqui, que acho ótimo que eu tenha conseguido ver a graça da MPB. Mas não só dela, como da música em geral que é gerida por aqui.


O Móveis Coloniais de Acaju e o Teatro Mágico são bandas que se encaixam nesse gosto meu. Há pouco tempo, o Circo Voador juntou as duas bandas em um show que eu chamaria de histórico. Eu nunca pensei que a química das duas "mega" bandas funcionaria tão bem. Pense em trio de metais e flauta transversa junto com DJ, violino e percussão, além dos instrumentos básicos de uma banda. Presenciei uma festa, daquelas que as pessoas dançam e não se cansam.

O show celebrou a livre circulação da música, defendida com afinco pela trupe do Teatro. As duas bandas e a espanhola Tarântula, que abriu a noite, levantam a bandeira e disponibilizam seus álbuns online. Esta última carrega o peso de ter sido a pioneira neste tipo de prática. Ainda assim, nem tudo que está na rede é peixe. A banda começou esfriando aquela noite de muito calor no Rio. Com um som um tanto exótico, feito por vocal, um prato de bateria, uma guitarra e um sintetizador, eles se divertiram no palco, enquanto o público ansiava pelo fim do show. E olha que a galera foi educada, respeitando os desconhecidos músicos.

Já a banda de Brasília fez um show empolgado e empolgante, como já é de costume. Relembraram as músicas do (excelente) primeiro disco e tocaram as novas, do último trabalho. No fim do show, a tão esperada roda de Copacabana aconteceu mesmo com o Circo colocando gente pela culatra! Antenelli, já caracterizado, também participou do momento mais legal do show.

O Teatro também veio com as músicas mais recentes, do CD Segundo ato. A trupe fez um show catártico, que emocionou os seguidores da banda. Os fãs entram tanto no clima que usam nariz de palhaço e pintam a cara. Junto com as músicas, malabares e acrobacias ajudaram a dar ritmo à apresentação. E no final, o Teatros Coloniais Mágicos de Acaju se juntou no palco para dar aquela canja, de cara pintada.

Enquanto o Móveis levou a alegria, o Teatro foi com a poesia. Música para os olhos, que se enchiam com cada malabarismo que enfeitou as canções. Ritmo para o corpo, que não conseguia parar com aqueles tantos caras animados. O calor não era nada e o Circo ficou pequeno para tamanha celebração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fala tu