domingo, 5 de setembro de 2010

Vergoinha

Eu sou da teoria de que sempre vale a pena assistir um filme brasileiro. Seja para prestigiar o que é feito por aqui ou só para saber o que está rolando (ou rolou e eu perdi). Porém, existem casos em que sou lembrada, na marra, do quanto essa teoria é furada. A mais recente recordação aconteceu quando resolvi terminar minha noite assistindo Entre lençois, de Gustavo Nieto Roa, em um canal por assinatura.

Debaixo do meu lençol eu fiquei absolutamente constrangida. Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira interpretam um casal que se conhecem em uma boate e passam a noite juntos. Daí já dá para imaginar que a locação se resume, basicamente, a um quarto de motel. Os diálogos se limitam em esclarecer as curiosidades de dois estranhos que fizeram o processo inverso. Eles transam sem nem saber o nome do amigo e (surpresa!) se apaixonam no intervalo entre uma trepada e um papo.


O problema é que um roteiro fraco precisa de, no mínimo, uma química forte entre os atores, mas ela não acontece. Cenas de sexo na novela da oito costumam ser mais quentes, com a diferença que o horário nobre não mostra bundinhas e peitinhos. Não há pouca roupa nem casal bonito que segure isso. O resultado disso é que os 96 minutos de filme se tornam longos e ligeiramente vergonhosos. Sem contar com a cafonice de algumas cenas, como o stripe tease de Gianicchini ou o plano que destaca rosas espalhadas pelo quarto, no auge do romantismo, que pode ser comparado a um daqueles fundos de tela do Windows.

E o pior foi descobrir que essa é apenas uma versão do original colombiano Entre sabanas. E filme ruim merece duas versões? Infelizmente acontece.

Um comentário:

  1. Louise, “Entre o sonho e a realidade eu prefiro a realidade que me permita sonhar” (Jefhcardoso)

    http://jefhcardoso.blogspot.com

    ResponderExcluir

Fala tu