sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dave Matthews (Super) Band para fãs

O Dave Matthews Band voltou ao Brasil na semana passada depois de um show em 2008. Na ocasião eles lotaram o Vivo Rio. Dessa vez, lotaram o HSBC Arena. Eu não consegui ingresso para o primeiro, mas me recusei a não conseguir para o segundo. Cambista de Orkut, conhece? A prática é comum, a busca por um preço justo é árdua (imagina com os ingressos esgotados), mas eu estava vidrada na ideia de ver os caras na última turnê antes da parada anunciada.

Vamos, antes de qualquer coisa, esclarecer uma ideia: banda faz show para fã. Quem vai de curioso que aguente as consequências ou vá ver banda de barzinho, que faz música ambiente para agradar todo mundo. No caso do DMB, eu estava mais para curiosa do que para fã. Já no caso do Teatro Mágico, a banda de abertura, acontece o inverso.

O TM, que já apareceu por aqui, começou seu show pontualmente. A escolha não poderia ter sido mais sensata. A trupe faz um som de vibe semelhante, utiliza elementos que os diferenciam na cena e ainda tem o charme da performance. O público parecia satisfeito com o que via e até dava para ouvir um coro de vez em quando. O repertório privilegiou músicas mais presentes no segundo álbum da banda. Só lamento que o Anitelli, líder do TM, ainda insista em algumas falas à moda "eu sou o máximo", mesmo em um show de abertura.

Cerca de meia hora depois, o DMB levou o público-fã ao delírio, em um repertório que combinou sucessos de toda a sua carreira. Já o público-curioso, eu arrisco dizer, pode ter ficado entediado. As três horas de duração, com intermináveis demonstrações de quão os músicos são virtuosos, foram acompanhadas pela primeira categoria, que parecia não se cansar jamais. Não há o que se discutir: fã é fã e se a banda resolvesse tocar por mais duas horas ia ter gente lá cantando com ela.

Já para quem gosta mas não ama o DMB, o cansaço era mais evidente. Tinha muita gente perambulando pelos corredores da Arena, procurando o que comer e beber, ou dando aquela relaxada no chão. Lá pelas tantas meu pensamento era "estica a coluna daqui e dali e aguenta que ainda tem uma hora pela frente". Façamos as contas: um repertório de 20 músicas dividido por 180 minutos dá o equivalente a 9 minutos por música. Já pensou?Aí eu entendi porque, pela primeira vez, a pista era mais barata que a arquibancada.

Ainda assim, a experiência foi absolutamente válida. O DMB encerrou sua turnê por aqui e deu para sentir o privilégio de presenciar as estripulias instrumentais da banda.

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